Pela primeira vez no Brasil, o G20 reúne as principais economias globais para formular propostas e promover debates sobre questões preponderantes, tais como desenvolvimento sustentável, alterações climáticas, saúde, infraestrutura, agricultura e o enfrentamento da corrupção.
Dentre os tópicos de relevância em debate, a infraestrutura se destaca devido ao seu impacto significativo no crescimento econômico, à elevação da qualidade de vida e à criação de empregos.
Com a participação de países que representam aproximadamente 85% do PIB mundial e dois terços da população global, o grupo detém a capacidade de alavancar recursos financeiros e conhecimento técnico, impactando de maneira significativa a implementação de projetos de infraestrutura em escala internacional.
No Brasil, essa questão torna-se crucial face à necessidade premente de modernizar portos, rodovias, ferrovias e sistemas urbanos, em particular nas áreas menos desenvolvidas, onde a infraestrutura permanece como um entrave ao crescimento econômico sustentável. Ao assumir a presidência do G20, o Brasil se colocou na liderança das discussões destinadas a desbloquear investimentos e acelerar iniciativas de infraestrutura de longo prazo. O país se depara com desafios históricos nesse setor, incluindo entraves logísticos, altos custos de transporte e lacunas em saneamento básico e fornecimento de energia.
A posição do Brasil no G20-2024 propicia a oportunidade de direcionar maior foco para essas questões, destacando o país como um destino atrativo para investidores internacionais. Um grupo de trabalho dedicado à infraestrutura, montado para discutir as prioridades a serem abordadas, destacou os seguintes tópicos: o papel da infraestrutura na diminuição da pobreza, a mitigação do risco cambial para investimentos no setor, e o financiamento de infraestrutura em áreas de fronteira.
Nesse contexto, as publicações do próprio portal do G20 destacam que o financiamento de "infraestruturas resilientes" constitui uma prioridade, ou seja, a alocação de recursos em estruturas que possam, de maneira eficaz, enfrentar desastres naturais e os impactos das mudanças climáticas.
O evento tem o potencial de estabelecer um legado positivo ao promover um diálogo mais robusto com instituições multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que têm historicamente apoiado iniciativas de infraestrutura na América Latina. Este diálogo tem o potencial de abrir novas fontes de financiamento e fomentar reformas estruturais que proporcionem maior previsibilidade e segurança jurídica aos investidores. A presidência do G20, juntamente com a realização da cúpula em 2024 no Rio de Janeiro, proporciona ao Brasil uma oportunidade singular de influenciar o futuro da infraestrutura tanto no âmbito nacional quanto regional. Além de captar recursos e fomentar colaborações, o evento tem o potencial de engendrar uma reformulação significativa na maneira como a nação concebe e executa seus projetos estruturais.
Em todas as suas edições, a Feira Logistique se consagra como um evento que discute e aponta os desafios e as soluções para as questões da infraestrutura em temas abordados em seus painéis e summits, conectando pessoas, ideias e tecnologias que moldam o futuro, possibilitando as melhores parcerias e negócios para as empresas de Santa Catarina. A próxima edição acontece entre os dias 12 e 14 de agosto de 2025, no Expocentro de Balneário Camboriú.
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