A Logistique – Feira e Congresso de Logística e Negócios Multimodais reúne em conferências online os representantes de três dos principais parceiros comerciais do Brasil na Logistique Web Conference. Participam os embaixadores da China no Brasil Yang Wanming, dos Emirados Árabes Unidos Saleh Alsuwaidi e da União Europeia Ignacio Ybáñez; em mesas redondas no dia 4 de novembro. O objetivo é discutir as relações diplomáticas entre o Brasil e os respectivos mercados, mostrar potenciais áreas ainda não exploradas pela indústria brasileira e estreitar relações entre compradores e fornecedores e vice-versa.
A organização da Logistique também estava em tratativas com a embaixada dos Estados Unidos no Brasil para a participação do embaixador Todd Chapman nos debates, mas ele declinou do convite depois de tudo praticamente alinhavado. Coincidentemente, a mesa redonda será realizada um dia depois das eleições norte-americanas e, trumpista, certamente Chapman não vai querer se expor no caso de uma derrota de Donald Trump para Joe Biden.
Participam ainda das mesas redondas a presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc e o presidente do Sistema Fiesc, Maria Teresa Bustamante e Mário Cezar de Aguiar, a especialista em relações internacionais Carolina Valente, representantes da indústria e da imprensa especializada.
O peso de cada mercado
A China é um importante parceiro econômico e comercial do Brasil e se mantém por 11 anos consecutivos na posição de maior parceiro comercial e maior importador do Brasil, que é o primeiro país da América Latina a ter um volume de comércio com o tigre asiático acima dos US$ 100 bilhões. Inclusive, mesmo apesar dos impactos da pandemia, o comércio bilateral cresceu 6,2%. Isso demonstra que a parceria entre os dois países é altamente complementar e tem forte resiliência e vigor.
Na área de investimentos, a China é uma das principais fontes de capital estrangeiro no Brasil. Atualmente o país tem um aporte total de quase US$ 80 bilhões em uma ampla gama de setores como agricultura, mineração, infraestrutura, telecomunicações e manufatura.
A União Europeia – Bloco Econômico formado por 27 estados-membros independentes situados principalmente na Europa – movimentou no ano passado uma corrente de comércio de US$ 83,463 bilhões com o Brasil. Já nos sete primeiros meses deste ano o comércio bilateral Brasil x União Europeia somou US$ 41.046 bilhões e as indústrias catarinense e do Bloco Econômico têm grande similaridade.
Emirados Árabes Unidos transformaram-se no segundo parceiro comercial médio-oriental do Brasil. As exportações da indústria brasileira para os sete países que formam a Confederação vem crescendo significativamente nos últimos e nem a pandemia foi suficiente para impactar nesse importante mercado. Além dos alimentos que o Brasil e Santa Catarina exportam, muitos outros nichos ainda podem ser explorados. As economias brasileira e emirática também possuem alto grau de complementaridade, havendo eixos de sinergia potencial nos setores comercial e de investimentos ainda inexplorados ou parcialmente aproveitados.
A Logistique Web Conference será neste ano o carro-chefe da Logistique – Feira e Congresso de Logística e Negócios Multimodais, que acontece de 4 a 6 de novembro. As inscrições são gratuitas.
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