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Yang Wanming confirma interesse da China em aumentar investimentos no Brasil

O Brasil é um importante parceiro econômico e comercial da China. O tigre asiático se mantém por 11 anos consecutivos na posição de maior parceiro comercial e maior importador do Brasil, que por sua vez, é o primeiro país da América Latina a ter um volume de comércio com a China acima dos US$ 100 bilhões. Dados estatísticos da Embaixada da China no Brasil mostram que entre janeiro e setembro deste ano, mesmo apesar dos impactos da pandemia, o comércio bilateral cresceu 6,2%. Isso demonstra que a parceria entre os dois países é altamente complementar e tem forte resiliência e vigor.

Na área de investimentos, a China é uma das principais fontes de capital estrangeiro no Brasil e vem aumentando rapidamente seus investimentos no país. Atualmente o país tem um aporte total de quase US$ 80 bilhões em uma ampla gama de setores como agricultura, mineração, infraestrutura, telecomunicações e manufatura. “E empresas chinesas têm demonstrado muito interesse em infraestrutura, agricultura, energia e outras áreas-chave para atração de investimentos no pós-pandemia e esperam participar de projetos específicos”, diz o embaixador chinês Brasil Yang Wanming.

O diplomata participa de mesa redonda na Logistique Web Conference, no dia 4 de novembro, tendo como anfitriã a especialista em relações internacionais Carolina Valente. Na pauta a cooperação entre a China e o Brasil e a parceria nas vertentes de comércio, investimentos e finanças. “A parceria econômica e comercial entre os dois países tem uma base sólida e crescimento continuo”, acrescenta Wanming. Ele destaca que os dois países têm suas próprias vantagens em recursos, tecnologia, capital e mercado. “Uma parceria altamente complementar e mutuamente benéfica traz resultados tangíveis para os dois povos”, complementa.

Otimismo

“Na era pós-pandemia, a nossa parceria econômica e comercial apresenta enorme potencial. A China vai estimular ainda mais a demanda no mercado doméstico e ampliar a abertura ao exterior. Está aberta, portanto, a mais produtos agrícolas brasileiros de qualidade e outros produtos com mais valor agregado”, afirma Wanming. Ao levar adiante a parceira em setores tradicionais, como petróleo e gás, energia elétrica, mineração e infraestrutura, segundo o diplomata, os dois países poderão expandir juntos a fronteira das cooperações para áreas como economia digital, energia limpa, agricultura inteligente, telemedicina, cidades inteligentes, telecomunicações 5G e big data, fomentando a atualização industrial e a transformação digital na China e no Brasil.

O otimismo de Wanming é justificado pelo bom relacionamento entre os dois países, que ao longo dos 46 anos, desde o estabelecimento das relações diplomáticas, a China e o Brasil consolidaram a confiança política mútua, obtiveram ricos frutos nas cooperações pragmáticas e mantiveram intercâmbios dinâmicos culturais e humanísticos. “Além disso, existe uma boa cooperação no âmbito do BRICS, G20 e ONU, com frequentes comunicações sobre os principais assuntos regionais e internacionais”, acrescenta.

Com relação a sua participação na Logistique Web Conference, carro chefe da edição 2020 da Logistique – Feira e Congresso de Logística e Negócios Multimodais, o embaixador chinês diz que a combinação de impactos da pandemia e do protecionismo desafia a economia mundial e traz incertezas em fatores externos à nossa parceria bilateral. “Neste contexto especial, o evento cria oportunidades para que empresas e associações setoriais dos dois países possam abordar a cooperação comercial e na logística durante e após a pandemia”, conclui. O evento acontece de 4 a 6 de novembro, no formato digital.

O patrocínio é do Porto Itapoá e as inscrições são gratuitas.

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